A utilização errônea de dispositivos na rede pode acabar causando problemas na qualidade do serviço que um provedor oferece. Entre esses itens, o splitter é um dos que possui maior impacto, pois é responsável por distribuir o sinal óptico em várias conexões.
Existem dois tipos de splitter que são comumente conhecidos como balanceado e desbalanceado. Então, para que você possa evitar erros e fazer uma escolha que vai garantir a maior eficiência da sua rede, te ajudamos a entender as características dos dois e quando é indicado utilizar cada um. Continue lendo!
Primeiro, o que é um splitter?
Ele é um componente passivo da rede, ou seja, não utiliza energia elétrica, que serve para dividir o sinal óptico, aumentando a ramificação sua infraestrutura e a capilaridade da rede.
Assim, o splitter possibilita que uma única fibra óptica atenda múltiplos locais (1 OLT conectando várias ONTs), reduzindo custos e facilitando a tarefa de gerenciar a rede, o que o torna um componente fundamental em instalações ponto-multiponto.
Atualmente, encontramos 2 modelos no mercado que são conhecidos como balanceado ou desbalanceado. Por possuírem características únicas, cada um é indicado para uso em um tipo de topologia de rede, conheça melhor a seguir!
Splitter Balanceado
O splitter balanceado é denominado PLC (Planar Lightwave Circuit, em inglês) pode ter 1 ou 2 portas de entrada e entre 2 a 128 portas de saída. Esse modelo é capaz de dividir o sinal de forma simétrica entre todas as saídas, o que nivela a perda fazendo com que seja a mesma em todas.
Fonte: Google Imagens
Seu uso é recomendado na grande maioria dos casos, já que viabiliza inserir uma quantidade maior de clientes em uma única porta PON. Ele é indicado para ambientes no qual não é possível projetar uma rede ideal, como os grandes centros urbanos, que também exigem mais capilaridade por serem mais densamente povoadas por km².
Sua vantagem é que é possível facilmente saber, prever e orientar o técnico instalador sobre o sinal esperado em determinado ponto, o que facilita a gestão técnica e acaba influenciando nos custos operacionais. Além disso, serão necessários menos componentes para atender um grande número de cliente e, em caso de falhas, fica mais fácil de localizá-la e identificá-la.
Splitter Desbalanceado
O splitter desbalanceado, denominado FBT (Fused Biconical Taper, em inglês), possui apenas uma porta de entrada e duas de saída, sendo essa última com perdas distinta entre as duas, diferentemente da versão balanceada.
Fonte: Google Imagens
Ele é indicado para uso em zonas rurais, por se tratarem de localidades que normalmente são menos povoadas por km² e as redes são esparsas, ou redes lineares, como rodovias e cercamentos de condomínios.
Esse modelo permite trabalhar numa topologia de barramento na qual uma única fibra é utilizada e o splitter realiza a divisão. Desta forma, o restante da rede não sofre impactos bruscos, pois a perda mais alta se dá no ponto de derivação.
Entre suas vantagens está que ele apresenta baixa polarização dependente por perda, é um equipamento de alta estabilidade e confiabilidade, e possui diversos modelos de acoplamento. Porém, em contrapartida, ele demanda uma gerência mais complexa e documentação atualizada que terá que ser disponibilizada aos técnicos. Também exige que a equipe técnica tenha maior conhecimento para realizar o trabalho eficientemente e, em caso de falhas, o processo de resolução fica mais complexo, pois a potência não é padronizada por cliente.
Ressaltamos que para utilizar esse modelo é necessário que você tenha um projeto de rede bem elaborado, pois você precisará levar em consideração o percentual de acoplamento das fibras.
Qual devo usar?
A melhor opção a ser escolhida dependerá exclusivamente da topologia do projeto de rede, já que existem condições que tornam as características de cada um mais indicado à uma aplicação. Então, avalie detalhadamente a topologia que será trabalhada!
Ainda tem alguma dúvida a respeito desse assunto? Não hesite em entrar em contato para falar diretamente com nosso especialista técnico.
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